Ainda Forte No Garrafão

Algumas semanas atrás, escrevi um texto para o nosso NBA Blog Squad comentando sobre o ponto forte da Seleção Brasileira neste Mundial: os pivôs. Pela primeira vez na história do basquete nacional, tínhamos uma equipe com um trio de pivôs que possuíam o papel de personagens principais no elenco. Nenê, Tiago Splitter e Anderson Varejão formavam, provavelmente, o garrafão mais forte da competição.

Neste domingo, no entanto, recebi a triste notícia de que Nenê não permaneceria no grupo para o Mundial. Devido a um estiramento na coxa, o pivô foi afastado da Seleção e J.P. Batista foi convocado para o seu lugar. O Brasil perde muito com a saída de Nenê. É claro. Mas, continuo afirmando que o nosso forte está nos pivôs.

Splitter e Varejão, se estiverem inteiros, continuam formando uma dupla fantástica no garrafão, com nível melhor do que a de muitas seleções que estarão no torneio. Além deles, temos dois jogadores na equipe que conquistaram os prêmios de melhores pivôs da última edição do NBB, Guilherme Giovannoni e Murilo, que talvez não tenham a força física de Nenê, mas tecnicamente possuem um grande valor. Vale lembrar que Giovannoni possui uma enorme experiência internacional, fator que muitos críticos pensam ser o mais importante (e não é). E Murilo demonstrou seu potencial diversas vezes, principalmente, na final do último Sul-Americano, contra a Argentina, quando ele marcou 30 pontos e 10 rebotes e liderou o Brasil ao título.

São eles que vão ditar o ritmo da equipe comandada pelo argentino Rubén Magnano, que vão facilitar a vida para nossos alas e armadores. Um jogo efetivo de garrafão no ataque permite com que nossos jogadores de fora tenham mais liberdade para os arremessos. Se Varejão e Splitter, mais Guilherme Giovannoni, Murilo e J.P. Batista, puderem receber a bola lá embaixo para desenvolver o trabalho, o jogo ficará mais aberto para Leandrinho, Marquinhos, Alex e os dois Marcelinhos. Sem contar que a nossa equipe de pivôs nos dá uma segurança enorme no setor defensivo.

A única coisa que chateia a todos os brasileiros é de sabermos que essa não será mais a primeira vez que os três pivôs atuariam juntos pela Seleção. Isso não vai acontecer. Vamos continuar sem vê-los em ação, para nossa decepção e para alegria do mundo, que estava bem preocupado em enfrentar o Brasil. Poucas seleções desse Mundial estavam com um jogo interno tão imponente quanto estava o nosso.

Uma pena!

Fonte : www.nba.com.br

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