HEGEMONIA MUNDIAL

A ordem do basquete mundial está reinstaurada. O país que tem o maior campeonato, os melhores jogadores e a maior tradição recuperou em Pequim-2008 o título de campeão olímpico e, neste domingo, consagrou-se campeão do mundo após 16 anos ao derrotar na final a Turquia por 81 a 64.

O título mundial, que estava em outras mãos desde 1994, veio com uma campanha invicta, marcada por nove vitórias. Em apenas um dos nove jogos, contra o Brasil, na primeira fase, os EUA chegaram ao início do quarto período com o triunfo em risco. Em todas as outras partidas, o time impôs seu padrão de defesa agressiva e velocidade no ataque, abriu vantagem e apenas tratou de administrá-la.

KEVIN DURANT

Marcou 33 pontos nas quartas, contra a Rússia. Na semifinal, contra a Lituânia, anotou 38 -17 no primeiro quarto, levando o time a abrir uma vantagem de dez pontos que não seria mais recuperada. E, neste domingo, conduziu a equipe à medalha de ouro com 28 pontos. De quebra, Durant consagra-se como o maior pontuador dos EUA em uma edição do Mundial, com os 205 pontos que conseguiu na Turquia.

O impressionante desempenho do jogador rendeu elogios de técnicos, jogadores, ex-jogadores e jornalistas. Adjetivos como “imarcável”, “imparável”, “de outro mundo” foram correntes nos corredores e entrevistas do Mundial.

Neste domingo, Durant anotou 20 pontos no primeiro tempo –quase metade dos 42 pontos conseguidos por seu time. E foi justamente em um arremesso de três pontos de Durant que os EUA abriram pela primeira vez uma vantagem de dez pontos, no segundo quarto.

No terceiro quarto, os americanos ampliaram a vantagem, e nunca mais foram de fato ameaçados no placar. No quarto quarto, EUA chegaram a abrir 22 pontos a pouco mais de seis minutos do fim do jogo, decretando a vitória.

Além de Durant, os EUA voltaram a ter Russell Westbrook (13 pontos) e Lamar Odom (16 pontos e 11 rebotes) como destaques.

Empurrada por mais de 15 mil torcedores, a Turquia, que estava invicta no campeonato, adotou a estratégia de fechar seu garrafão, com uma defesa por zona, permitindo arremessos de três pontos aos americanos. Não funcionou, principalmente contra Durant. Nos três primeiros quartos, ele converteu 7 das 12 tentativas.

Apesar de ser mais alto, o time turco não conseguia bloquear o ímpeto americano de obter rebotes no ataque. Mesmo durante longos trechos do jogo em que não usaram pivôs, os EUA usavam seu atleticismo para obter rebotes:. nos três primeiros quartos, foram 13 rebotes ofensivos dos EUA, que converteram-se em 16 pontos de segunda chance.

Na decisão do título, os americanos voltaram a exibir a impressionante defesa que caracteriza o time desde que Mike Krzyzewski assumiu o comando, em 2006. Impediram a organização de jogadas turcas, provocaram erros (14) e contra-atacaram (11 pontos) –exatamente a mesma receita

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