Um Sonho Até 2016


Eu pretendia escrever esta semana sobre mais uma fase da vida de Gilbert Arenas e as exigências da imprensa acerca do armador, mas esse assunto vai ter que esperar por mais uma semana. Quando o comissário David Stern anuncia em uma coletiva de imprensa que a NBA fará jogos de pré-temporada no Brasil em no máximo seis anos, é notícia grande.

Vamos “colocar os pingos nos is”: durante uma coletiva de imprensa em Paris, na França, nesta quarta-feira (6 de Outubro), para promover uma das paradas da turnê NBA Europe Live 2010, Stern respondeu a uma pergunta de um repórter brasileiro (não sei de que veículo era; pelo vídeo da coletiva a que assisti no NBA.com, só consegui entender que seu primeiro nome era Pedro) sobre quando o Brasil seria incluído nas excursões internacionais de pré-temporada da liga. O comissário disse que isso “provavelmente” acontecerá antes da Copa do Mundo de 2014, e colocou os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016 como um “prazo B”. Além disso, acrescentou que a liga pretende abrir um escritório no país em breve.

São ótimas notícias. Por anos, os diretores da NBA para a América Latina vêm dizendo da possibilidade de partidas de pré-temporada no Brasil, mas quando esse tipo de declaração sai da boca do manda-chuva da liga, tem muito mais credibilidade. Ver jogos envolvendo times da NBA em solo brasileiro é um antigo sonho de todos os fãs da liga no país. Se for como na Europa, em que as equipes americanas também enfrentam times locais, seria ainda mais divertido: imaginem um confronto entre o Cleveland Cavaliers de Anderson Varejão e o Flamengo em plena HSBC Arena! O Cavs provavelmente venceria por diferença esmagadora, mas seria interessante do mesmo jeito.

A presença de um escritório da liga no Brasil é melhor ainda. Há anos, a NBA vem investindo em ações de marketing e desenvolvimento do nosso basquete, ciente do potencial de consumo que este vasto território tem. Com uma representação oficial permanente, a expectativa é que essas ações se expandam e tornem-se mais constantes, o que pode ajudar a reestabelecer o basquete como um esporte de massa no país.

Para não dizer que só falei de flores, Stern também disse em sua entrevista que está discutindo a possibilidade de organizar jogos da WNBA na França, que, segundo o comissário, é “talvez o melhor mercado” para o basquete feminino neste momento. Será que há algum movimento para trazer partidas da liga americana feminina ao Brasil também? Ouvir que a França está sendo considerada para jogos da WNBA antes de nós mostra como o país parou no tempo na modalidade feminina. Somos campeões mundiais, temos jogadoras campeãs e All-Stars da liga, e mesmo assim, o mercado interno para o basquete entre as mulheres está em seu pior estado nos últimos 30 anos. Que a CBB aproveite essa maior aproximação da NBA para fomentar a categoria.
Fonte : nba.com.br

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